quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

And the days are not full enough



And the days are not full enough
And the nights are not full enough
And life slips by like a field mouse
 Not shaking the grass.


(Ezra Pound)


Não lia Pound há muito tempo. Pego neste poema que me traz o desassossego todo numa espécie de dilema nocturno. Penso no absurdo de estar aqui neste exacto momento. A insónia, o desassossego, a insatisfação,   tudo. Era suposto parar, era suposto haver um limite. Há silêncio, há solidão, há isso tudo e no entanto não há nada. Acho que é o Caos e a loucura. E tu, sempre tu. Cercando-me as mãos.

Isto é tudo um absurdo. É a náusea há superfície da solidão. A fuga de nada e o medo. E o sono.

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