quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Haverá outro nome para o lugar onde não há lembranças de ti?



Haverá para os dias sem memória
outro nome que não seja morte?
Morte das coisas limpas, leves:
manhã rente às colinas,
a luz do corpo levada aos lábios,
os primeiros lilases do jardim.
Haverá outro nome para o lugar
onde não há lembranças de ti?

(Eugénio de Andrade, O outro nome da terra)


Escrevo: escrevo-te. Penso: penso-te. Leio: leio-te. Este poema sabe tanto a ti e à tua ausência. Hoje dóis-me. 

Sem comentários:

Enviar um comentário