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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O corpo morreu-lhe

Assim infantil e inofensivo, megalómano e humilde, solitário e esquecido, passa nas trevas da loucura mais de metade da sua longa vida. O corpo morreu-lhe em 7 de Junho de 1843.





(Hölderlin, Poemas, Pedro Quintela (trad.))

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tu num poema

You are the future,
the red sky before sunrise
over the fields of time.

You are the cock's crow when night is done,
You are the dew and the bells of matins,
maiden, stranger, mother, death.

You create yourself in ever-changing shapes
that rise from the stuff of our days --
unsung, unmourned, undescribed,
like a forest we never knew.

You are the deep innerness of all things,
the last word that can never be spoken.
To each of us you reveal yourself differently:
to the ship as coastline, to the shore as a ship.


( beloved Rainer Maria Rilke, The Book of Pilgrimage)





Um obrigada ao ser que me ficou com As Elegias de Duíno. É preciso agradecer também há criatura que tem o livro de Whitman.


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Autografia

(Autografia,  Miguel Gonçalves Mendes)




Gosto do livro.
Amo o poema.
Amo ainda mais o poeta.

Não gosto do filme/documentário (digo, a organização do conteúdo propriamente dito e outros detalhes), mas gosto de ouvir o senhor poeta falar.

Sim, é um grito.
Sim, os poetas fazem miau.

Sabe que, mesmo parado, mesmo não sendo Rimbaud, mesmo tendo o fogo ardido. Mesmo sendo um fantasma coberto de cinzas. Mesmo não tendo já iluminações. Eu acho que ainda pode voar.

Ouvi-lo é já em si poesia.
E acredite, teria o mundo toda a quem escrever.
E eu, não teria jamais a saudade infinita que hoje sinto. Teria, de bom gosto, ido viver consigo e com a Henriette. Que prazer maior se poderia ter nesta vida que não esse?

Há quem me julgue louca. Alguns terão razão, é certo.
Mas loucura maior foi vê-lo perdido neste país-menino, neste país-vazio, neste país sem bondade nem bruma.