O cérebro é o maior nó do universo. Cada um dos neurónios do cérebro está ligado a milhares de outros neurónios. A consciência deduz o seu poder desta conectividade recursiva. Ao fim e ao cabo, o Eu não emerge de uma fase cartesiana discreta, mas das interacções do cérebro como um todo. Como escreveu [Virginia]Woolf, “a vida não é uma série de lanternas de um coche dispostas simetricamente; a vida é uma auréola luminosa”. Qualquer redução da consciência a um correlativo neural singular-”uma lanterna de um coche”- é por definição uma abstracção.
(Jonah Lehrer, Proust era um neurocientista)
Isto lembra-me o teu paralelismo idiota entre poesia e matemática. Lembra-me o meu Eu dilacerado e, por fim, lembra-me que te desgosto.
Vou tomar um chá e dar continuidade à minha insónia.
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