quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sobre o rapaz raro




Preciso que
me reconheçam
que me digam Olá
e Bom dia
mais que de espelhos
preciso dos outros
para saber
que eu sou eu


( Adília Lopes, Caras Baratas)


E afinal eu era cândida, por achar que isto me definia, por achar que tu eras o rapaz raro e estranho. E disse-te "não que um poema defina quem quer que seja". Não me ouviste. Gostaste mais das minhas palavras do que de mim.
Fui Pateta, patética, peripatética e acordei mais melancólica que fleumática. Já não és raro, és estranho.

Sem comentários:

Enviar um comentário