domingo, 19 de junho de 2011

Labirinto


Mas também criou o seu labirinto?
No ensaio, no ensaio. Há gente que pensa que há pessoas que, excepcionalmente, sabem o que querem. O Pessoa não sei se chegou a algo que tenha, por dentro de si próprio, de positivo na vida. A tragédia humana não é o sujeito não saber qual é a sua vocação para aquilo que tem destinado. Acontece que eu quis sempre andar pelos dois passeios da vida e, às vezes, em sentido contrário. É de um tipo que não regula bem da cabeça [risos], e que desestabiliza os outros com quem vive...

Sofre com isso?
Se não tivesse o mínimo de auto-ironia podia sofrer mais. Assim, criei uma máscara.

(Revista ler, Eduardo Lourenço em entrevista a Carlos Câmara Leme, aqui)



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